E será que quem se rasga em domínios alheios ao próprio vive para fora? Será que eu vivo para dentro? qual será essa barreira do "fora e dentro"? A minha pele? A tua pele? A Terra?
Há dias em que os sapatos se fazem aos pés, o andar solta-se, a cabeça estica-se e o tempo passa a medir-se em passadas. Passadas. Aquelas que nunca podem ser presente. Quando as falamos elas já estão dadas. As passadas. Mal as completamos ficam logo para trás.
Às vezes eu sei que inverto esse tipo de tempo. Há dias em que me consigo dividir por completo. E a cada passada envio minha contrária metade no resgate desses inteiros caminhos. Estes dias, embora raros, fazem-me viver para sempre. Na realidade, desde a primeira passada resgatada, eu vivo na eternidade. Entre o cá e o lá. Nenhuma passada jamais passou a ser esquecida.
Só ainda não consegui efectuar qualquer deslocamento real. Minhas metades têm igual força. No fundo... fico sempre parado.
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