Saturday, January 08, 2011

... THE END OF VIRTUAL WRITTING... FINALLY: PAPPER!!!

Wednesday, September 01, 2010

O Pirilampo da Andaluzia ainda acordava, de quando a quando, com falta de ar... Depois... lembrava-se de respirar. "Não há nada assim tão importante"- repetia ele vezes sem conta na sua cabeça... e deitava-se de novo. Mas o sono teimava em não chegar... Pirilampo que se preza guarda-se para irradiar seus brilhos no escuro da noite... mas esta... custava tanto a passar...

"Há dias melhores...outros piores"- suspirava o pirilampo nas suas deambulações... Limpava uma lágrima melancólica do seu rosto minúsculo e sorria... " afinal... não sou sol nenhum...mas ainda tenho alguma luz...". Nisto, batia as suas microscópicas asas e ascendia a um lugar...onde sob a Lua.... descansava de novo. "Um dia... tudo isto fará sentido"

Tuesday, August 31, 2010

Wednesday, August 18, 2010

Joaquim de Certeiro exclamou a dada altura de sua ridícula vida: "Há dias que ou se fazem a metades...ou deviam ser engolidos, que isso das ausências... custam muito..."
E assim ficou dito...

Tuesday, August 17, 2010

Formiga Paprika vivia acomodada entre suas emoções. Estava a ficar habituada a esta vivência desemocional. Mas de tempos a tempos a vida lá lhe pregava uma partida e Paprika quase que sorria. Pobre engano, pobre Paprika. Formiguinha de tamanho e de figura não se podia dar a esses desplantes! A sorrinhitude altivava-lhe os olhares, levantava-lhe o pescoço e automaticamente se perdia em busca de horizontes... e tudo começava de novo...
É que Formiga Paprika avizinhava-se de abismo. Inicialmente pensou que era falha de vista... porque cada vez que assim emocionada se sentia olhava e apenas via o Buraco Negro... este começou por um Buraquito, mas logo se fez Homem e à medida que a saudade se fez crescendo, as defesas mentais formiguinheses foram alastrando espaços de vazio em torno dela mesma.
Mas com o passar dos dias, Paprika (agora como gosta de ser chamada, em rompimento total com formiguinhices outroras) se habituou às comedices assintomáticas... vida calma e regada de remeditações, onde todos os dias se lembra de seus grandes afazeres sonhados...e assentidos. Mas a vida é assim... prega destas partidas... há dias que em Paprika, volta a ser Formiga e sua circulação mixuruca ganha novas velocidades...é o suficiente para o caldo entornado das emoções!! É que isso dos sentidos embarca sempre em busca de partilha!! E partilha... não há como ser feita em mundo de vazios...
Formiguinha baixa os olhos, repetindo seus inúmeros mantras... a circulação se acalma... e o dia continua...tic tac...tic..tac... Paprika recupera sua robótica vontade trabalhística e repete-se baixinho: "talvez um dia o mundo se preencha de novo... e esses vazios dêm lugar a outros gordinhos espaços de alguma coisa... "

Monday, August 16, 2010

Piriquita de Sá, ilustre cantante, saía de casa todos os dias mal acordava. A força matinal devia-se ao amor vivente desse quotidiano que se vive a cada dia. Sentia suas penas tremelicantes, suas patitas genicas e seu coração pulante. Aprontava-se para as saídas e começava o dia em suas cantorias... Pardalito se fazia rogado nos acordares prontos... agarrava Piriquita de Sá em forma de cobra-esmagante, na esperança que esta se acalmasse. Mas a sede solar fazia Piriquita correr e gastar-se nesses vôos rapidamente para depois então voltar.
Ironia do destino ou não...Pardalito foi comido por uma cobra. Dizem que este nem se apercebeu de sua chegada um dia desapareceu numa boca desarticulada e nunca mais se ouviu falar dele...
Piriquita de Sá, deixou-se de ilustres cantorias e de madrugadas em vontades de vida... os quotidianos ajeitaram-se em novos actos, mas as cores, os tremeliques e as genicas se perderam para sempre.
O coração de Piriquita de Sá em estranha arritmia lhe diz "não te preocupes" pulando em descompassada ansiedade.
Na floresta, após votação se decidiu que "foi pelo melhor, Piriquitos não vivem com Pardais!!"
Piriquita sorri... e ouve lá no fundo de si uma voz a resmungar: "E terem tido mais força e vontade para fugir das cobras?!?!...."

Friday, August 13, 2010

Felizberta se infelizava na hora de dormir... o sono vinha, as persianas dos olhos corriam... mas logo logo lhe vinha a Espécie. A Espécie é doença... é maldade...é ruindade... Felizberta sempre se preguiçou e pensava que dormir longe de suas habituais paranças lhe dava energia que aguentava sem dorminhoquices logo na deita... mas Felizberta se enganou...
Mudou de casa e suas dormidas se passaram a fazer tipo curtas-metragens... muitos sonhos (há quem lhe chame pesadelos não é a intensidade da coisa) e em pouco tempo: TCHARAN!! Já está...

Felizberta se infelizava na hora de dormir... O dia esperançava-se no trabalho e na reconstrução por inteiro de um ser que nunca chegou bem a definir... a incompreensão e a frustração de seus mal entendidos pessoais fazia movê-la que nem carruagem na compreensão de outros mundos...nessas vidas de investigação... mas à noite... se exasperava...

Felizberta um dia até pensou: "Isso da saudade tem de se fazer em partes... fosse ela una... afogava-me!!!"

E, Felizberta-que -se-infelizava-na-hora-de-dormir, aguardava mais uma vez a chegada de um novo dia... A polícia não dá baixa de sonos roubados...
Infelizberta de soslaio o relógio mirava:" mas quando é que isto passa?!?!??!"