Monday, June 30, 2008

Deveriam soltar-se bóias salvadoras a todas a palavras aprofundadas. O sentido é tanto que vão afundar!!! SALVEM AS PALAVRAS!!! Vamos proibir poesias e discursos amorosos!! Só política no prazo de 67 dias...
As palavras têm de voltar à superfície... porque lá em baixo no oceano é tudo tão escuro... e elas morrem... porque nada se lê. A palavra falada foi, faz muito, arquivada. Tudo o que nos interessa são palavras escritas boiantes em água salgada... se vão ao fundo... quem se afunda, sou eu.

Sunday, June 29, 2008

Tenho fome de frutos secos ao Sol. Daqueles que veraneantes se praeinam, rendendo-se à evaporação! Um alento variado, em divisão de formas. Algo se evapora e o resto permanece, em versão concentrada. Conservado.
No fundo eu quero é ser um fruto seco ao Sol!!!

Tuesday, June 24, 2008

Surge no meio de tudo isto uma indignação profunda, por tudo aquilo que ainda não se é. " Não que se possa tudo querer". Não que se queira tudo querer. Mas quero tanto que quase sou vontade. Que de vontade sou um só. Quero vontariar o contrário, mas nunca contraiar a vontade! Quero a vontade de querer o que contrariado quero, ainda que esteja cansado. Quero, porque já o sou. Quero e vontasejo, porque sempre o fui. Mas a indignação.... ainda se mantém...

E assim:
"( Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói

Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és

Ah! bruta flor do querer
Ah! bruta flor, bruta flor (...)"

Tuesday, June 10, 2008

Em poucas contas se descontam números, se subtrai, se divide. Mas resultado não é vida. Vida é feita de contagem e alguma desvantagem... Mas não de resultados, isso é só depois. Há metas a serem cumpridas. Definidas ou escolhidas por quem percorre essas corridas, mas mesmo nessas o importante é chegar.
Hoje começo um novo "novo"... como tantas vezes. Mas agora, baixinho, eu sei que nada se faz de diferente, porque nada conta em resultados. O caminho se faz assim, na saudade daquele abraço, que se fará sempre, quanto mais não seja em mim.
A vida não se faz de resultados... não existe o certo nem o errado... existe o confuso e o inoportuno, mas não há nada totalmente de errado. A fé mantém-se. Há coisas que nunca se vêem, mas nas quais se acredita sempre. Por isso eu acredito. Aqui. Ali. Nos entretantos. Eu acredito.

lei da termodinâmica - "Na Natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma" - Não dissiparei o que resta de mim... vou contar ao mundo que o Sonho existe e assim um dia pode ser que no deserto mais longínquo, quando buscares a verdade, a Deusa te fale e diga: " A verdade está dentro de Ti... Sempre estará. Ontem, Hoje e Sempre"

Monday, June 09, 2008

Ouvem-se as ondas do mar ao fundo. Os carros que passam numa estrada marginal e vemos Maria. Um cabelo em corte de dois, com umas pintas... e olhar regozijado em forma de céu.
- "Tudo é relativo!! E meus cabelos não mexem com ventos, são trazidos nas ondas de um mar bravo, de tantas tempestades que eu não escolhi. Mas a Lua abranda suas rotações... e os raios do Sol aquecem qualquer pensamento mais congelado. Sou pessoa. Sou ser em unidade de matérias conjugadas de todas as minhas próprias transladações. O mundo passa em abraços... Mas em mim me fico sempre eu. E sempre que cresci, a minha pele esticou... Terei de me ouvir melhor então. Começar do início e perceber a minha história, desde o "Era uma vez...!"

Maria cresceu hoje mais que sua pele alguma vez poderá esticar. Tem olhos em forma de Amar, e no sorriso a certeza de um caminho...