O que eu queria mesmo era voltar àquele dia... Mares de castanhas e o sono amoroso do meio do bosque. Foi o mais perto do regresso de D.Sebastião que alguma vez vivi...O Norte. O frio. A certeza de pertença.
Hoje vagabundeio-me. Perco-me nos contratempos. Quando foi mesmo a última vez, que estes me foram a favor?
Tuesday, November 11, 2008
Monday, November 10, 2008
Queria apenas sentar-me e não sentir. Entregar-me ao cansaço e sentir o âmago preenchido. Por mais que corra, por mais que dance, por entre outros sorrisos... sou ainda menos. Não acumulo... Gastei. Gastei-me. Pesa só. Nada flui. Talvez eu..um dia... quando as roupas já andarem sozinhas e não precisarem de mim.
Sunday, November 02, 2008
Como poderia eu pensar que podia viver bem fora do Sol? Como pude eu pensar que um oceano, só meu, me poderia trazer alguma paz? Não posso nunca voltar atrás. Mas não consigo andar em frente... Fiquei parada no tempo da Saudade, do aperto no peito, daquela sede de abraços. Queria só acreditar que eu... que eu... ainda existia como um. Mas, sei-me fracção.
Quando estamos debaixo do mar...o silêncio do mundo rebenta-nos os tímpanos... não é a pressão, é a falta dela. Preciso de ouvir o mundo outra vez...mas, por enquanto, nada tenho para lhe dizer...
"(...) sometimes we just have to walk away(...)" - Ben Harper
Quando estamos debaixo do mar...o silêncio do mundo rebenta-nos os tímpanos... não é a pressão, é a falta dela. Preciso de ouvir o mundo outra vez...mas, por enquanto, nada tenho para lhe dizer...
"(...) sometimes we just have to walk away(...)" - Ben Harper
Friday, October 31, 2008
Tuesday, October 21, 2008
Também eu acordo hoje na rebentação das ondas... Por vezes, passamos vidas a deixar o rumo seguir em favores de ventos, mas quando nos decidimos a percorrer um caminho... por vezes, as rochas já estão perto demais... Restam-me braçadas...
Não sei quantas ainda tenho para dar...mas guardei em mim, todas aquelas que não dei até hoje... os meus braços estão cansados, mas a minha mente desperta...
Ninguém volta ao que já deixou e todas as águas correm para se gastar. Sei que qualquer dia também eu me evaporo. Mas ainda tenho uma divida de insanidade para com o universo... e essa, terei de saldar. Aguardo por um dia mais brilhante. Aguardo, em braçadas cansadas, um descanso merecido... que só há de chegar, quando em meu suor puder boiar...
Não sei quantas ainda tenho para dar...mas guardei em mim, todas aquelas que não dei até hoje... os meus braços estão cansados, mas a minha mente desperta...
Ninguém volta ao que já deixou e todas as águas correm para se gastar. Sei que qualquer dia também eu me evaporo. Mas ainda tenho uma divida de insanidade para com o universo... e essa, terei de saldar. Aguardo por um dia mais brilhante. Aguardo, em braçadas cansadas, um descanso merecido... que só há de chegar, quando em meu suor puder boiar...
Thursday, October 09, 2008
Friday, August 01, 2008
Hoje penso em afogamentos e noutros desníveis. O calor bate levemente à porta...mas não o deixo entrar, uma construção tão agradável, permite-me a esses luxos. Vadio por entre azulejos e não percebo o porquê do nome, porque pouco ou nada têm de azul, mas logo encolho os ombros... devem ser feitos com água do mar...
Hoje pensei fugir até Gibraltar. Dar um mergulho... ver uns quantos peixes. Mas que aprenderia eu de novo? E, além do mais, é um pouco longe para quem gasta epitélios em caminhadas. E, ir à boleia não dava. Ninguém vai para Gibraltar dar boleia a quem só quer ir ver uns peixes... Bem, da minha vida sei eu e podia guardar todas essas vontades cá dentro, do outro lado do umbigo. Mas não sei. A verdade tem a sua maneira exibicionista de saltar dos bolos e dos pretos pintada de branco. Sei lá. E que raio de conversa teria eu, com quem me transportava, se não fosse mesmo pelas intenções de transporte? E mentir... já vos disse que não dá. Mas que raio! Demoro-me entre estes assuntos inutilmente, porque já cheguei à conclusão que de Gibraltar não traria nada, talvez um peixe. Só isso. Um peixe. Mais provável, seria comê-lo de caminho, para ajudar a revestir os epitélios perdidos... portanto de nada me serviria. Gastaria dias. Se a vida fosse assim...só de gasto, eu iria a Gibraltar. Mas como não é, não vou!!
Mas que faço então, se não vou? Penso em ir, no não ir e nas justificações dos entretantos! Acumulo e não perco já nisto, porque nem todas as ideias vêm de dentro e acumulo. Só não quero é ter de dividir nada por categorias, baralho-me sempre nos intermédios ou nas multi funções!! Não quero nada de divisões. Para mim serve tudo a peso. Com ou sem Gibraltar, vivo em função de kg, que é a balança que tenho. Se me arranjarem outra, mais vale arranjarem também quem me faça as contas, não me quero cá gastar em conversões.
Eis então, agora que me apercebo!! De tudo me arranjam em divisões, e cada vez menos de junções. Estou certo que isso dos prémios da vida se fazem por peso, senão não nos xulavam tanto! Sinto-os a todos... germes, parasitas e sequestradores de almas em torno de mim...mas deixem-se cá de coisas que já me colei! NÃO ME DIVIDO!!! Cola super tudo!! Embrulhei os dentes na boca, num vá querer saltar algum com a idade! Sou maciço!! E À chegada ao lá de para lá... se me vierem com tretas de batotas pelo peso da cola, logo lhes respondo: "A cola toda que me une, pesa igual ao que se evaporou em suor de tanto calor que faz cá dentro desta multidão de células!! E, não... não me enganaram com essa de Gibraltar!!"
Hoje pensei fugir até Gibraltar. Dar um mergulho... ver uns quantos peixes. Mas que aprenderia eu de novo? E, além do mais, é um pouco longe para quem gasta epitélios em caminhadas. E, ir à boleia não dava. Ninguém vai para Gibraltar dar boleia a quem só quer ir ver uns peixes... Bem, da minha vida sei eu e podia guardar todas essas vontades cá dentro, do outro lado do umbigo. Mas não sei. A verdade tem a sua maneira exibicionista de saltar dos bolos e dos pretos pintada de branco. Sei lá. E que raio de conversa teria eu, com quem me transportava, se não fosse mesmo pelas intenções de transporte? E mentir... já vos disse que não dá. Mas que raio! Demoro-me entre estes assuntos inutilmente, porque já cheguei à conclusão que de Gibraltar não traria nada, talvez um peixe. Só isso. Um peixe. Mais provável, seria comê-lo de caminho, para ajudar a revestir os epitélios perdidos... portanto de nada me serviria. Gastaria dias. Se a vida fosse assim...só de gasto, eu iria a Gibraltar. Mas como não é, não vou!!
Mas que faço então, se não vou? Penso em ir, no não ir e nas justificações dos entretantos! Acumulo e não perco já nisto, porque nem todas as ideias vêm de dentro e acumulo. Só não quero é ter de dividir nada por categorias, baralho-me sempre nos intermédios ou nas multi funções!! Não quero nada de divisões. Para mim serve tudo a peso. Com ou sem Gibraltar, vivo em função de kg, que é a balança que tenho. Se me arranjarem outra, mais vale arranjarem também quem me faça as contas, não me quero cá gastar em conversões.
Eis então, agora que me apercebo!! De tudo me arranjam em divisões, e cada vez menos de junções. Estou certo que isso dos prémios da vida se fazem por peso, senão não nos xulavam tanto! Sinto-os a todos... germes, parasitas e sequestradores de almas em torno de mim...mas deixem-se cá de coisas que já me colei! NÃO ME DIVIDO!!! Cola super tudo!! Embrulhei os dentes na boca, num vá querer saltar algum com a idade! Sou maciço!! E À chegada ao lá de para lá... se me vierem com tretas de batotas pelo peso da cola, logo lhes respondo: "A cola toda que me une, pesa igual ao que se evaporou em suor de tanto calor que faz cá dentro desta multidão de células!! E, não... não me enganaram com essa de Gibraltar!!"
Monday, June 30, 2008
Deveriam soltar-se bóias salvadoras a todas a palavras aprofundadas. O sentido é tanto que vão afundar!!! SALVEM AS PALAVRAS!!! Vamos proibir poesias e discursos amorosos!! Só política no prazo de 67 dias...
As palavras têm de voltar à superfície... porque lá em baixo no oceano é tudo tão escuro... e elas morrem... porque nada se lê. A palavra falada foi, faz muito, arquivada. Tudo o que nos interessa são palavras escritas boiantes em água salgada... se vão ao fundo... quem se afunda, sou eu.
As palavras têm de voltar à superfície... porque lá em baixo no oceano é tudo tão escuro... e elas morrem... porque nada se lê. A palavra falada foi, faz muito, arquivada. Tudo o que nos interessa são palavras escritas boiantes em água salgada... se vão ao fundo... quem se afunda, sou eu.
Sunday, June 29, 2008
Tuesday, June 24, 2008
Surge no meio de tudo isto uma indignação profunda, por tudo aquilo que ainda não se é. " Não que se possa tudo querer". Não que se queira tudo querer. Mas quero tanto que quase sou vontade. Que de vontade sou um só. Quero vontariar o contrário, mas nunca contraiar a vontade! Quero a vontade de querer o que contrariado quero, ainda que esteja cansado. Quero, porque já o sou. Quero e vontasejo, porque sempre o fui. Mas a indignação.... ainda se mantém...
E assim:
"( Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói
Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és
Ah! bruta flor do querer
Ah! bruta flor, bruta flor (...)"
E assim:
"( Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói
Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és
Ah! bruta flor do querer
Ah! bruta flor, bruta flor (...)"
Tuesday, June 10, 2008
Em poucas contas se descontam números, se subtrai, se divide. Mas resultado não é vida. Vida é feita de contagem e alguma desvantagem... Mas não de resultados, isso é só depois. Há metas a serem cumpridas. Definidas ou escolhidas por quem percorre essas corridas, mas mesmo nessas o importante é chegar.
Hoje começo um novo "novo"... como tantas vezes. Mas agora, baixinho, eu sei que nada se faz de diferente, porque nada conta em resultados. O caminho se faz assim, na saudade daquele abraço, que se fará sempre, quanto mais não seja em mim.
A vida não se faz de resultados... não existe o certo nem o errado... existe o confuso e o inoportuno, mas não há nada totalmente de errado. A fé mantém-se. Há coisas que nunca se vêem, mas nas quais se acredita sempre. Por isso eu acredito. Aqui. Ali. Nos entretantos. Eu acredito.
lei da termodinâmica - "Na Natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma" - Não dissiparei o que resta de mim... vou contar ao mundo que o Sonho existe e assim um dia pode ser que no deserto mais longínquo, quando buscares a verdade, a Deusa te fale e diga: " A verdade está dentro de Ti... Sempre estará. Ontem, Hoje e Sempre"
Hoje começo um novo "novo"... como tantas vezes. Mas agora, baixinho, eu sei que nada se faz de diferente, porque nada conta em resultados. O caminho se faz assim, na saudade daquele abraço, que se fará sempre, quanto mais não seja em mim.
A vida não se faz de resultados... não existe o certo nem o errado... existe o confuso e o inoportuno, mas não há nada totalmente de errado. A fé mantém-se. Há coisas que nunca se vêem, mas nas quais se acredita sempre. Por isso eu acredito. Aqui. Ali. Nos entretantos. Eu acredito.
lei da termodinâmica - "Na Natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma" - Não dissiparei o que resta de mim... vou contar ao mundo que o Sonho existe e assim um dia pode ser que no deserto mais longínquo, quando buscares a verdade, a Deusa te fale e diga: " A verdade está dentro de Ti... Sempre estará. Ontem, Hoje e Sempre"
Monday, June 09, 2008
Ouvem-se as ondas do mar ao fundo. Os carros que passam numa estrada marginal e vemos Maria. Um cabelo em corte de dois, com umas pintas... e olhar regozijado em forma de céu.
- "Tudo é relativo!! E meus cabelos não mexem com ventos, são trazidos nas ondas de um mar bravo, de tantas tempestades que eu não escolhi. Mas a Lua abranda suas rotações... e os raios do Sol aquecem qualquer pensamento mais congelado. Sou pessoa. Sou ser em unidade de matérias conjugadas de todas as minhas próprias transladações. O mundo passa em abraços... Mas em mim me fico sempre eu. E sempre que cresci, a minha pele esticou... Terei de me ouvir melhor então. Começar do início e perceber a minha história, desde o "Era uma vez...!"
Maria cresceu hoje mais que sua pele alguma vez poderá esticar. Tem olhos em forma de Amar, e no sorriso a certeza de um caminho...
- "Tudo é relativo!! E meus cabelos não mexem com ventos, são trazidos nas ondas de um mar bravo, de tantas tempestades que eu não escolhi. Mas a Lua abranda suas rotações... e os raios do Sol aquecem qualquer pensamento mais congelado. Sou pessoa. Sou ser em unidade de matérias conjugadas de todas as minhas próprias transladações. O mundo passa em abraços... Mas em mim me fico sempre eu. E sempre que cresci, a minha pele esticou... Terei de me ouvir melhor então. Começar do início e perceber a minha história, desde o "Era uma vez...!"
Maria cresceu hoje mais que sua pele alguma vez poderá esticar. Tem olhos em forma de Amar, e no sorriso a certeza de um caminho...
Friday, May 23, 2008
Hoje foi o grito da árvore que ecoou: " ...!!! .....!!!"
Mas ninguém falava a sua língua. Nenhuma outra árvore entende esquizoarvez.
- "São opções de vida" - dizia o Pinheiro. " Ninguém cresce num só dia. Mas só caranguejos andam de lado. Somos Árvores!! Nós nos globalizamos em direcção, crescemos em uníssono! O iceberg bem sólido do degelo da humanidade. Somos os sentidos, porque lhes damos a beleza para que nos olhem, o oxigénio e aroma para que nos cheirem, os frutos para que nos comam, a madeira para que nos trabalhem e os aqueça... E... engraçado... que além de lhes darmos toda a Vida.... lhes damos a sensação da audição por feedback negativo, porque lhes trazemos o silêncio!"
O Sândalo arregalou dois ramos e embalado na conversa, acrescentou: " Já cá ando faz tempo... e não sinto que trazemos silêncio. Somos ausência de barulho. Trazemos Paz... mas trazemos junto, outras vozes, a própria consciência e a grande consciência da Unidade Universal. Uma outra comunicação, que em silêncio de discute, se assegura, se vive. "
-" Eu cá tenho a certeza que trago silêncio... eu sinto o seu peso, por vezes, até penso como seria descansar à minha sombra..."
- "Ahahah... Estes Quercos não têm emenda! Vai mas é alimentar porcos!! Hehe"
A conversa de tal maneira se animou, que todos se esqueceram dA árvore que em gritos se ecoou. Até que Ela mesmo falou:
- " Hoje falei em esquizoarvez, porque hoje percebi que sou Macieira!!!"
- " Que alegria!! Porquê o desespero? "
- " Porque andei todo este tempo armada em Eucalipto..."
Mas ninguém falava a sua língua. Nenhuma outra árvore entende esquizoarvez.
- "São opções de vida" - dizia o Pinheiro. " Ninguém cresce num só dia. Mas só caranguejos andam de lado. Somos Árvores!! Nós nos globalizamos em direcção, crescemos em uníssono! O iceberg bem sólido do degelo da humanidade. Somos os sentidos, porque lhes damos a beleza para que nos olhem, o oxigénio e aroma para que nos cheirem, os frutos para que nos comam, a madeira para que nos trabalhem e os aqueça... E... engraçado... que além de lhes darmos toda a Vida.... lhes damos a sensação da audição por feedback negativo, porque lhes trazemos o silêncio!"
O Sândalo arregalou dois ramos e embalado na conversa, acrescentou: " Já cá ando faz tempo... e não sinto que trazemos silêncio. Somos ausência de barulho. Trazemos Paz... mas trazemos junto, outras vozes, a própria consciência e a grande consciência da Unidade Universal. Uma outra comunicação, que em silêncio de discute, se assegura, se vive. "
-" Eu cá tenho a certeza que trago silêncio... eu sinto o seu peso, por vezes, até penso como seria descansar à minha sombra..."
- "Ahahah... Estes Quercos não têm emenda! Vai mas é alimentar porcos!! Hehe"
A conversa de tal maneira se animou, que todos se esqueceram dA árvore que em gritos se ecoou. Até que Ela mesmo falou:
- " Hoje falei em esquizoarvez, porque hoje percebi que sou Macieira!!!"
- " Que alegria!! Porquê o desespero? "
- " Porque andei todo este tempo armada em Eucalipto..."
Thursday, May 22, 2008
Assim, como que de uma sardinha se tratasse, João Formiga, se enlatou. Se havia processando faz muito tempo. Ligava-se, comutava e, "tá claro!" : Reagia!!
- " Faço grandiosos os Sentidos dos Seres. Sejam eles filhos de quem são ou mesmo lá de onde vêm. São Sentidos. E sentindo-se... quer por mim, quer por Ti... quer por quem venha. São comutados!"
Falava-se assim...das histórias de quem, Pequenino apenas se esperou... As Palavras sempre custaram a sair... são demasiado grandes.
Mas surge a grande dúvida... : " Quem as pôs lá dentro?!?!?"
- " Faço grandiosos os Sentidos dos Seres. Sejam eles filhos de quem são ou mesmo lá de onde vêm. São Sentidos. E sentindo-se... quer por mim, quer por Ti... quer por quem venha. São comutados!"
Falava-se assim...das histórias de quem, Pequenino apenas se esperou... As Palavras sempre custaram a sair... são demasiado grandes.
Mas surge a grande dúvida... : " Quem as pôs lá dentro?!?!?"
Tuesday, May 13, 2008
E assim, mais uma rebentacao se fez sentir. Mais um dia se congelou na imortalidade dos pesadelos de quem nao sabe mais do que isto.
A rebentacao pode ser de agua, mas nem todas as aguas se podem beber. A rebentacao pode ser de vida, que nem todos nos sao importantes para nos fazermos rebentar. So alguns. Os mesmos que fingimos nao ver, nao encontrar, nao falar, no fundo nao querer saber, porque se sabe num simples olhar, que um dia, podemos vir a rebentar.
Rebentei. Ainda aqui estou. E o bom de rebentar e que nada vem adiado. Nada se faz sentir so amanha. E por isso nao ha que ter medo. Porque amanha sera sempre melhor do que hoje. Sim. Amanha.
Hoje... rebentei. Amanha darei flor :)
A rebentacao pode ser de agua, mas nem todas as aguas se podem beber. A rebentacao pode ser de vida, que nem todos nos sao importantes para nos fazermos rebentar. So alguns. Os mesmos que fingimos nao ver, nao encontrar, nao falar, no fundo nao querer saber, porque se sabe num simples olhar, que um dia, podemos vir a rebentar.
Rebentei. Ainda aqui estou. E o bom de rebentar e que nada vem adiado. Nada se faz sentir so amanha. E por isso nao ha que ter medo. Porque amanha sera sempre melhor do que hoje. Sim. Amanha.
Hoje... rebentei. Amanha darei flor :)
Monday, April 21, 2008
"Eram as vezes todas que cabem numa, vezes as vezes que saiem, pelas que entram do sítio onde todas cabem! Esta é para mim, a mais próxima noção de infinito quantificável que possuo. Não analizo todos...não entendo de massas. Sei umas coisas. Vim desses daís, e já passei muitos enfins por assins. Não me interessam manhas, nem tramas. E só sei que as histórias podem bem começar assim!!" - José Vivez, propondo uma alteração à introdução das histórias "Era uma vez..."
Sunday, March 16, 2008
É ridiculo pensar em quantidades de bagagem. Até há que já tenha descrito "A insustentável leveza do ser". Quando se tem afazeres de existência, multiplicam-se as incertezas de presença. Hoje estou, mas em poucas horas vou deixar de estar num aqui, para passar a estar num ali, que vai passar a ser aqui, enquanto que o aqui vai passar a ser ali.
Nem eu mesmo sou imutável e por isso existo, não em presente mas em continuidade de ser. Tanto faz o aqui ou o ali, para se ser. Mas importa, quer em verbo quer em tempo, o estar.
Hoje sei que sou onde estou. Amanhã apenas posso esperar em ser o que sou.... mas estar como estou? Não sei se o quero.
Anseio o Sol, me alento em seus raios... mas não vivo de paneis solares. Não vivo em acumulação. Espero. Aguardo e vou à luta, mas perdendo tantas batalhas... o cansaço e o desanimo vão ganhando espaço.
Hoje sou. Amanhã.... ainda estamos para ver.
Nem eu mesmo sou imutável e por isso existo, não em presente mas em continuidade de ser. Tanto faz o aqui ou o ali, para se ser. Mas importa, quer em verbo quer em tempo, o estar.
Hoje sei que sou onde estou. Amanhã apenas posso esperar em ser o que sou.... mas estar como estou? Não sei se o quero.
Anseio o Sol, me alento em seus raios... mas não vivo de paneis solares. Não vivo em acumulação. Espero. Aguardo e vou à luta, mas perdendo tantas batalhas... o cansaço e o desanimo vão ganhando espaço.
Hoje sou. Amanhã.... ainda estamos para ver.
Sunday, March 02, 2008
Hoje vivi um sonho. Sonhei que sonhava sonhando, mas apercebi-me que nem em sonhos, meu sonho poderia ser tão sonhantil. Vivi o sonho. Me realizei sonhando. Ah.. vontade essa que nem a imaginação sonha, nem o sonho imagina!!
A vida tem verdades dessas... e sabem que mais? Ninguém as imita!!
Hoje sonho realizada. Hoje realizo um sonho. Hoje vivo a realidade "abensonhada"!!!
A vida tem verdades dessas... e sabem que mais? Ninguém as imita!!
Hoje sonho realizada. Hoje realizo um sonho. Hoje vivo a realidade "abensonhada"!!!
Sunday, February 17, 2008
A consciência cresce nos atritos. Começamos por aprender as leis da física, desprezando o atrito. Mas, a aplicação real torna-se impossível. Antes de sermos, já nos gravitamos nas nossas mães. Começamos a querer espaço e acordamos numa berraria só, lutando pelo ar a que temos direito! Mas conquistar um lugar, não se faz só em lutas de espaço. Faz-se em luta de consciência... E essa cresce realmente dos atritos. Não há desprezo que vença a consequência...
Existem as madrugadas vividas em sono descansado e outras em roda de lareiras desvairadas... Existem recordações desesperadas em atentas análises e existe o sorriso. A certeza crescente de que "nem tudo é o que se quer" , "mesmo que se possa tudo querer".
A consciência cresce nos atritos... faz-se princesa mimada, e vira trapo nas impossibilidades de seu mais certo desejo. Mas qualquer deslocamento necessita uma vencida. O atrito é vencido e o passo é dado!
Hoje passeio em centripetação. Passei tempo de mais em passos de centrifugação... o que não leva a lado nenhum... foge-se, foge-se e está-se sempre lá... andando, em voltas de se ser. Às voltas com tudo o que se é. Em trocas e baldrocas de... querer.
Assim, hoje centripeto! Faço caminhos inversos, e aproximo-me do que sou. Mesmo nas trocas e baldrocas, venço a fuga e agarro-me ao centro. Mordo as encostas da vida, mesmo que meus braços pendam e as minhas pernas preguicem. Agarro-me. O atrito vai permitir que as voltas percam velocidade... e quando chegar ao centro da minha força. Ciente do caminho que quero, o vou percorrer. Ciente do atrito... em crescente consciência.
Hoje, em atritos de consciência me pergunto: e afinal do que é que me esqueci?
Existem as madrugadas vividas em sono descansado e outras em roda de lareiras desvairadas... Existem recordações desesperadas em atentas análises e existe o sorriso. A certeza crescente de que "nem tudo é o que se quer" , "mesmo que se possa tudo querer".
A consciência cresce nos atritos... faz-se princesa mimada, e vira trapo nas impossibilidades de seu mais certo desejo. Mas qualquer deslocamento necessita uma vencida. O atrito é vencido e o passo é dado!
Hoje passeio em centripetação. Passei tempo de mais em passos de centrifugação... o que não leva a lado nenhum... foge-se, foge-se e está-se sempre lá... andando, em voltas de se ser. Às voltas com tudo o que se é. Em trocas e baldrocas de... querer.
Assim, hoje centripeto! Faço caminhos inversos, e aproximo-me do que sou. Mesmo nas trocas e baldrocas, venço a fuga e agarro-me ao centro. Mordo as encostas da vida, mesmo que meus braços pendam e as minhas pernas preguicem. Agarro-me. O atrito vai permitir que as voltas percam velocidade... e quando chegar ao centro da minha força. Ciente do caminho que quero, o vou percorrer. Ciente do atrito... em crescente consciência.
Hoje, em atritos de consciência me pergunto: e afinal do que é que me esqueci?
Wednesday, February 06, 2008
Esvaziei-me. Tirei o pipo e esvaziei-me. Não havia muito cá dentro... Quando não se age de consciência a vida passa-nos ao lado. Hoje pegava em dez anos de mim e lavava-os. Tirava-lhes as nódoas, perfumava-os e botava a secar. Dez anos passadinhos a ferro. Espremia-lhes muito conteúdo, mas o resultado mostrava mais dentes.
Saturday, January 19, 2008
Monday, January 14, 2008
Dom Jardinzinho esperava esverdejante por sua bela amada. Tão aflorada ela chegou, que primaveril se sentiu. Sentou-se em esperas de fruto e alumiou-se em tão transtornada esperança. Jardim não queria ser mais medido assim aos limites. Queria expandir-se! Multiplicar-se em amor e em frutos. Jardim, sonhava ser floresta.
-"Não te apoquentes"- falava a amada- " Enquanto há vida sempre se esperança!!"
E se foram esperançando tanto, que amada em jardim pariu sem igual. Falou-se em fertilizantes, mas Jardinzinho logo se ofendeu: - "Nas minhas terras (tal não era já o preceito...ou preconceito...?) tudo Natural" ! A frutaria cresceu, a vontade se agravou e a porra da vizinhança se embasbacou. A florestinha caminhava nas diferentes dimensões e não só espaço ocupava como por onde passava, transformava! Eram prédios feitos cabanas, carros em carroças e pessoas...essas, por esse mundo animal fora, se tomavam. É que nos Florestins, bicho é mais preciso que gente. Manias, pois bem. Mas gente é certamente, uma coisa inerte e muito, mas muito, indiferente!!
-"Não te apoquentes"- falava a amada- " Enquanto há vida sempre se esperança!!"
E se foram esperançando tanto, que amada em jardim pariu sem igual. Falou-se em fertilizantes, mas Jardinzinho logo se ofendeu: - "Nas minhas terras (tal não era já o preceito...ou preconceito...?) tudo Natural" ! A frutaria cresceu, a vontade se agravou e a porra da vizinhança se embasbacou. A florestinha caminhava nas diferentes dimensões e não só espaço ocupava como por onde passava, transformava! Eram prédios feitos cabanas, carros em carroças e pessoas...essas, por esse mundo animal fora, se tomavam. É que nos Florestins, bicho é mais preciso que gente. Manias, pois bem. Mas gente é certamente, uma coisa inerte e muito, mas muito, indiferente!!
" (...) Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...(...)" - Alberto Caeiro, in- Guardador de Rebanhos
Deixem-me dizer que de pensamentos não me atrevo nunca. Arrisco pensares, que se fazem de outras cousas, de respirações, de suspiros e desabafos. Mas de pouco pensamento. Porque quem pensa-a-sério, é gente de respeito. É-gente que tem ordem e primazia nos à-vontades da vida.
Eu trago comigo bagagem imensa: Fotografias da tão ansiada Nova Era. Ela é bonita. Veste-se de branco e fala muito baixinho. Na verdade ela é como o Mar, ninguém sabe bem o que ela diz. Mas é bem pesada, porque a carrego já faz tantos sonhos e cada vez me sinto mais cansado.
E se um dia... perceber que também Ela só se faz de peso?
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...(...)" - Alberto Caeiro, in- Guardador de Rebanhos
Deixem-me dizer que de pensamentos não me atrevo nunca. Arrisco pensares, que se fazem de outras cousas, de respirações, de suspiros e desabafos. Mas de pouco pensamento. Porque quem pensa-a-sério, é gente de respeito. É-gente que tem ordem e primazia nos à-vontades da vida.
Eu trago comigo bagagem imensa: Fotografias da tão ansiada Nova Era. Ela é bonita. Veste-se de branco e fala muito baixinho. Na verdade ela é como o Mar, ninguém sabe bem o que ela diz. Mas é bem pesada, porque a carrego já faz tantos sonhos e cada vez me sinto mais cansado.
E se um dia... perceber que também Ela só se faz de peso?
Sunday, January 13, 2008
Tenho saudades de "Ser Amanhã". Saudades de um futuro, que nem chegou a ser Passado. Saudades de uma vontade, de um passo que não chegou a existir. Uma vida paralela, que irei carregar. Não serei mais sozinho, porque essa ideia será sempre uma realidade, porque não chegou a ter tempo, nem espaço. Assim, poderá ser sempre ideia e ser só minha.
Me arrumo então de vontades. Algumas coisas passam para gavetas menos práticas, menos a uso, mas me completam em recheio. Ainda te sou.
Visto então a carapaça do chocolate e me conforto em Invernos chuvosos, com outro mimo.
Me arrumo então de vontades. Algumas coisas passam para gavetas menos práticas, menos a uso, mas me completam em recheio. Ainda te sou.
Visto então a carapaça do chocolate e me conforto em Invernos chuvosos, com outro mimo.
Saturday, January 12, 2008
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