Friday, December 07, 2007

"(...)Ante esta voz que as dores adormece,
E muda o agudo espinho em flor cheirosa,
Que vales tu, desilusão dos homens? (...)" - Machado de Assis in: Crisálidas

Não tenho tempo para os semi entenderes. Oiço o relógio: tic tac e uma contínua afirmação do supostamente, que engole espaços e travessões. No fundo, tenho sono. Sono por ti, por mim. Sono. Um apetecer do só deixar um espaço entre o já feito e passado, e a retoma da existência. Um descanso. Aquele bocadinho, em que se sente o respirar, que se torna um acto tão consciente e extraordinariamente elaborado, que não sabemos como aguentamos todos os minutos sem ter de pensar nele.
Falo daquele momento entre o ser chamado e o: "Já vou...". Daqueles pequenas alturas em que todas as dimensões são quartas paredes.
Só temo a razão convicta enquanto os chamo. A vontade achada merecida do: "é só mais agora!" , o tanto querer que o Sábado, seja só mais um Domingo, para que o verdadeiro Domingo possa realmente ser Domingo. O poder abandonar-me em pessoa e matéria e perder-me nas mil dimensões do Mim, em que, pelos seus olhos (os de Mim), lá bem no fundinho te tento dizer bem baixinho: Eu estou mais para aqui... Vês-me?

Monday, December 03, 2007

Na verdade o Mar, dá porrada nas rochas só para lhes roubar grão a grão feito galinha. A rocha se despe em solidez e fantasia caminho, não deixando de ter seus percalços, já que nunca aprendeu a nadar. O Pai sempre achou Pedra, dura de ensinar.